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Vereador de Bofete sentenciado em primeira instância a 29 anos de reclusão em regime fechado.
Entenda o caso:
COBERTURA POLÍTICA
Vítor Cruz
4/9/20251 min read


O vereador de Bofete, Benedito Aleixo da Silva, conhecido como Dito Motorista, foi sentenciado em primeira instância a 29 anos de reclusão em regime fechado pela Justiça Criminal de Barueri. A sentença foi proferida após ele ser considerado culpado por três crimes de estupro de vulnerável, ocorridos entre os anos de 2013 e 2019, tendo como vítimas menores de idade.
Dois desses crimes foram julgados em continuidade delitiva – ou seja, praticados em um mesmo contexto –, conforme previsto no artigo 71 do Código Penal. O terceiro foi julgado separadamente, mas também resultou em condenação.
Apesar da gravidade da situação e da pena imposta, o caso segue tramitando sob sigilo, e o juiz responsável pela sentença decidiu manter o réu em liberdade até que todos os recursos sejam analisados, justificando que não há elementos no processo que exijam a prisão imediata. O cumprimento da pena só terá início após o trânsito em julgado, ou seja, quando não couber mais recursos.
Em contato com o vereador, ele ressaltou que o processo tramita em segredo de justiça e que segue em grau de recurso, mas, desde já, se declara inocente.
A condenação, embora ainda sujeita a recurso, gera repercussão política no município, especialmente por envolver um vereador em pleno exercício do mandato. A possibilidade de vacância do cargo abre novos caminhos no processo político de Bofete.
No cenário político, o caso ganha contornos ainda mais delicados quando se considera que outro vereador do mesmo partido — o Republicanos, que se apresenta com base em valores cristãos — responde a um processo de natureza semelhante e está inelegível. Ambos foram, inclusive, os segundo e terceiro mais votados do partido na última eleição municipal.
Essa coincidência levanta uma questão importante sobre os critérios de escolha de nossos representantes — não apenas em Bofete, mas em todas as esferas do poder público.
Que tipo de valores estamos premiando nas urnas?