Proposta de liberação do Vale-Farmácia é pauta de reunião na Prefeitura de Bofete

Reunião realizada na Prefeitura de Bofete nesta quinta-feira (16), reuniu representantes da gestão municipal, vereadores, donos e funcionários de farmácias locais para discutir a possível liberação do vale-farmácia para uso em outros municípios.

O debate ocorre logo após a aprovação do projeto de lei que autorizou o uso do cartão alimentação dos servidores municipais fora da cidade, ampliando a rede de estabelecimentos credenciados para esse benefício. Com a mudança no vale-alimentação, o vale-farmácia passou a ser o próximo item em pauta no Legislativo e no Executivo.

Atualmente, o vale-farmácia, no valor de R$ 240 mensais, só pode ser utilizado em farmácias credenciadas no município. A medida foi criada para fomentar a economia local e garantir que os recursos circulem dentro da cidade. Com 569 servidores municipais, estima-se que mais de R$ 1,6 milhão circule anualmente nas farmácias locais por meio desse auxílio.

As farmácias que atendem a população em Bofete, além de vender ao público em geral, esses estabelecimentos também mantêm parcerias com o poder público para fornecer suporte à população. Por conta dessa relação direta com o município, a gestão e oito dos nove vereadores defenderam que o benefício permaneça restrito à cidade, argumentando que a medida fortalece o comércio local e garante a sustentabilidade da rede existente.

O único parlamentar que defende a liberação para uso fora da cidade é o vereador Henrique Galvão, que deve apresentar um projeto de lei nesse sentido.

“Assumo um papel ao lado dos servidores municipais para que, na próxima sessão, possamos debater esse assunto e ouvir todos os lados”, afirmou Henrique em sessão anterior.

Durante a reunião, o vice-prefeito Rafael anunciou que haverá aumento no valor do vale-farmácia a partir de 2026, embora não tenha detalhado o percentual ou o novo valor. A declaração reforçou a posição da gestão de manter o benefício com uso exclusivo no comércio local.

O prefeito Carlinhos do Carmo também ressaltou a importância de equilibrar os interesses:

“Prezo que os servidores da prefeitura sejam valorizados, mas não podemos deixar de valorizar o comércio local, que é quem aquece a economia do município, gerando emprego e renda. Quem tem que ganhar é o comércio local e todos os servidores pelo benefício.”

Apesar da disposição do vereador Henrique em apresentar a proposta de liberação, o projeto deve enfrentar resistência nas comissões da Câmara Municipal. A ampla maioria dos parlamentares já sinalizou apoio às regras atuais, o que torna a aprovação da mudança improvável no cenário atual.

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