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Justiça condena Fernando Cury: indenização e pena de reclusão por importunação sexual
Cury disse à Justiça que não assediou a colega e que não teve qualquer intenção maliciosa, que jamais teve o intuito de prejudicar ou constrangê-la mediante assédio sexual, e que sempre a respeitou.
COBERTURA POLÍTICA
Vítor Cruz
2/6/20252 min read


Foto reprodução
A juíza Ana Laura Rodrigues condenou o ex-deputado estadual Fernando Cury a pagar uma indenização de R$ 100 mil à ex-deputada Isa Penna e a cumprir uma pena de um ano, dois meses e 12 dias de reclusão em regime aberto, convertida em prestação de serviços comunitários e pagamento de 20 salários-mínimos a uma entidade social. A decisão foi tomada com base no episódio ocorrido em 2020, no plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), onde Cury importunou sexualmente Isa Penna.
O episódio ocorreu no plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), em dezembro de 2020, e foi registrado por câmeras de segurança. Na ocasião, Cury se aproximou de Isa Penna por trás enquanto ela conversava com o então presidente da Alesp, Cauê Macris. As imagens mostram que ele a abraçou por trás, inclinou o corpo sobre ela e a tocou com a mão direita próximo ao seio. A ex-deputada reagiu imediatamente, repreendendo a atitude.
Em sua decisão, a juíza Ana Laura Rodrigues destacou que "o contato inoportuno e sem consentimento, ainda que breve, foi capaz de macular a honra e a imagem" de Isa Penna. A magistrada também ressaltou que a conduta "ocorreu em completa desconexão com o decoro e a seriedade que devem permear a função pública". O laudo pericial do Instituto de Criminalística não comprovou a apalpação dos seios, mas confirmou o contato corporal inoportuno.
Fernando Cury, que pode recorrer da decisão, foi também condenado na esfera criminal, em segunda instância, a um ano, dois meses e 12 dias de reclusão em regime aberto. A pena foi convertida no pagamento de 20 salários-mínimos a uma entidade social e na prestação de serviços comunitários. Um novo recurso ainda está pendente de julgamento.
O ex-deputado alega que não teve intenção maliciosa e que seu gesto foi "um abraço muito leve e rápido", negando que tenha ocorrido assédio ou importunação. Ele afirma ainda que é uma pessoa "carinhosa" e que tem o hábito de abraçar a todos.
Cury, que já não ocupa cargo público, chegou a iniciar uma campanha para a prefeitura de Itatinga em 2024, mas desistiu em junho do mesmo ano. Ele justificou que se tornou inelegível pela Justiça Eleitoral e que não haveria tempo hábil para o julgamento do recurso antes das eleições.