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Contratos com erros, falta de erratas e comunicação falha: publicações da Prefeitura de Bofete geram questionamentos

Contratos publicados com descrições incorretas foram replicados duas vezes no Diário Oficial sem correções, alimentando críticas sobre a transparência e a fragilidade da comunicação pública da Prefeitura.

COBERTURA POLÍTICA

Vítor Cruz

6/19/20254 min read

Contratos com erros e falta de erratas:

O caso envolve contratos publicados com descrições genéricas, imprecisas ou até incorretas.

Duas publicações no Diário Oficial da Prefeitura de Bofete, ambas contendo os mesmos erros, levantados pelo Portal Bofete Online, e sem correção, reacenderam o debate sobre a fragilidade do compartilhamento de informação oficial da gestão. As publicações ocorreram em 31 de maio de 2025, de forma atípica em um sábado, e novamente em 18 de junho de 2025, ambas reproduzindo as mesmas informações incorretas sobre contratos de licitação. A segunda postagem, mais uma vez, foi feita sem a errata prometida pela administração.

Climatização da Casa do Cidadão:

O contrato nº 32/2025, no valor de R$ 88.722,98, firmado com a empresa Total do Brasil Construtora LTDA, consta no Diário Oficial com a descrição resumida de “instalação de dois aparelhos de ar-condicionado na Casa do Cidadão”, uma informação que, à primeira vista, não justifica o valor.

Após os questionamentos, a Prefeitura alegou que houve um erro na publicação e que uma errata seria divulgada, o que não ocorreu até a republicação em 18 de junho.

Segundo a gestão, o contrato contempla:

  • 4 aparelhos de ar-condicionado (2 de 60 mil BTUs piso-teto, 1 de 30 mil e 1 de 12 mil);

  • Cortina de ar;

  • Infraestrutura elétrica completa, incluindo passagem de cabos, tubulações e disjuntores;

  • Adequações estruturais, como uso de andaimes e guindaste;

  • Locação de equipamentos e mão de obra especializada.

De acordo com a nota fiscal vinculada, os custos estão divididos em:

  • Materiais: R$ 70.977,60;

  • Mão de obra: R$ 8.872,20;

  • Equipamentos: R$ 8.872,20.

Apesar disso, a descrição oficial continua incorreta e sem qualquer retificação publicada.

Festa do Peão:

O mesmo problema se repete nos contratos relacionados à realização da Festa do Peão. Diversos documentos foram publicados com objetos praticamente idênticos, como “organização de rodeios/festa do peão”, porém com valores diferentes e empresas distintas, sem detalhar claramente quais serviços cada uma executaria.

De acordo com a Prefeitura, os contratos foram divididos por lotes como estrutura, segurança, sonorização, entre outros, para ampliar a competitividade entre empresas especializadas. Contudo, isso não está claro nas publicações oficiais, que seguem com descrições genéricas e, segundo a própria gestão, são fruto de um provável “erro de cópia e cola”.

Ainda segundo a administração, o contrato com a empresa D+ Promoções e Eventos, de R$ 49.500,00, corresponde ao nº 28/2025 e o contrato nº 29/2025, trata de serviços distintos, como controle de pragas urbanas em espaços públicos, mas foi publicado com o objeto incorreto e associado, erroneamente, à organização da festa. Ou seja, dois contratos iguais, relacionados à mesma empresa.

Apesar do reconhecimento dos erros, nenhuma correção foi oficialmente publicada até o momento.

Falta de transparência da comunicação pública

A recorrência dos erros e a ausência de respostas formais têm gerado insatisfação na população. Nas redes sociais, moradores cobram não apenas mais clareza nas publicações oficiais, mas também mais responsabilidade e profissionalismo na comunicação institucional.

Comentários, muitos deles anônimos, por receio de retaliações, refletem frustração com uma comunicação pública que, segundo relatos, parece mais focada na autopromoção de alguns servidores do que na divulgação de informações de interesse coletivo. As principais críticas apontam:

  • Uso de perfis oficiais para autopromoção de servidores, com inclusão de marcas e portais pessoais nas postagens da Prefeitura;

  • Falta de clareza nos conteúdos, frequentemente apresentados com vídeos sem contexto, acompanhados de músicas em inglês;

  • Desarticulação entre os departamentos, que mantêm redes sociais separadas, sem um fluxo de comunicação unificado;

  • E até denúncias de uso indevido de veículos públicos e omissão sobre ocorrência que, embora de natureza particular, aconteceu em espaço público e durante expediente, em questão, o caso recente de um servidor agredido dentro da garagem municipal, segundo fontes, em decorrência de questões pessoais envolvendo pensão alimentícia. Apesar de não ter relação direta com a função pública, o episódio ocorreu em um espaço da Prefeitura, a gestão está a par dos fatos a fim de tomar medidas a respeito do caso.

“Parece que a comunicação da Prefeitura virou reality show. Diretor que posta mais sobre sua própria empresa do que da Cultura, outro que faz propaganda do próprio portal nas redes oficiais… Enquanto isso, a informação que importa não chega. É vídeo com música que ninguém entende e erro em publicação oficial até cansar”, dispara uma internauta.

Segundo comentários, seja por erro, negligência ou desorganização, o fato é que a ausência de correções nas publicações oficiais fere a transparência, compromete o acesso à informação e desgasta a credibilidade pública.

A comunicação pública, que deveria ser um elo entre administração e sociedade, hoje é alvo de memes e críticas não apenas nas redes sociais, mas também nos bastidores da própria gestão municipal.

O Portal Bofete Online segue acompanhando os desdobramentos e, assim como a população, aguarda que a Prefeitura publique as devidas erratas, esclareça os contratos e, acima de tudo, repense sua estratégia de comunicação pública.

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